Por outro lado

Tudo tem, pelo menos, dois lados

novembro 18, 2010

Filed under: Sem categoria — migratoria @ 4:13 pm

Este blog está temporariamente desativado.

 

Pontos de distração junho 2, 2008

Filed under: O lado da Vanessa — Vanessa Oliveira @ 7:57 am

Eu tinha que esperar uma pessoa e, por incrível que pareça, neste dia eu estava adiantada. Tudo bem que eu estava acompanhada da minha madrinha, o que pode ter contribuído para eu chegar antes da hora. Detalhe… O que importa mesmo é que eu não tinha nada para fazer a não ser sentar no banco da Carioca e esperar. Para quem não conhece o Rio de Janeiro, eu estou falando de uma das ruas mais movimentadas do centro da cidade.  E bota movimentada nisso! Ok, o centro costuma ser assim, mas eu acredito que a Carioca se supera. Ou melhor, as pessoas se superam…

Foi à conclusão que eu cheguei logo assim que uma mulher, com um cartaz sobre gravatas em seu corpo se aproximou dela e disparou: “Toma esse papel pra você aprender a dar nó de gravata! É, eu sei… Eu não devia abordar as pessoas, mas você estava olhando tanto pra lá que eu resolvi vir aqui. Eu senti que você quer aprender sobre gravatas! Olha, aqui tem todas as instruções! Depois você passa lá na loja pra comprar uma e treinar!”. E na empolgação até eu ganhei o papel com os nós passo a passo. Hã! Gravata??

Em seguida, dei de cara com uma criança em cima da minha perna. Ela era tão pequenininha que poderia passar debaixo das minhas pernas despercebida. “Pois bem”, pensei comigo, “ela vai pedir dinheiro para a mãe que está em algum lugar perto daqui”. E já estava me revoltando com essa situação quando ela tirou a mão de trás das costas: “Toma!”. “Hein? O que é isso?”. “Um papel pra você”. Na folha: “Cristina Paz – jogo búzios, tarô e runas. Resolvo os seus problemas”. Ah, sim, Cristina Paz devia ser a mãe dela. “Ah, você quer me dar o papel”. Ela então sorri e sai de perto. Quando observo, vejo que ela sai pegando mais papéis daquele pelo chão. Ah tá, agora sim, foi apenas um lixo de presente… E o dia prossegue.

Policias passam, morrendo de rir. Estão tranqüilos e parecem passear, não trabalhar. Cada um deles com pedaços de plástico bem finos e azuis dentro dos bolsos das calças. Algemas de plástico? Na verdade, parecia mais aquelas pulseirinhas VIPs de festas, sabe?

Uma mulher com uma bolsa enorme em formato de peixe colorido sobe a rua. Está com pressa e o peixe coitado, balança como se estivesse em um mar revolto.

Um cara abre sua barraquinha do Santo Expedito. Na frente, um cartaz gigantesco com a foto dele com cara de sério e a imagem do santo. Do lado de fora, a própria imagem. Maior do que eu. Ali, vende orações, livrinhos e a mensagem do Santo. Seria pagamento de promessa? Eu hein, foi-se o tempo em que as pessoas apenas subiam as escadas de uma igreja…

Um rapaz passa e entrega um papel: “Cristina Paz – jogo búzios, tarô e runas. Resolvo os seus problemas”. Ai, ai, ai, tem gente querendo resolver MESMO os meus problemas. Até que seria interessante, né? Você paga uma pessoa e a vida fica bela! Será que ela tem os números da Sena? Comecei a pensar melhor sobre o assunto…

Um homem com o cartaz no corpo “Vendo Ouro” desce a rua conversando com o amigo que anda com o cartaz “Desbloqueio celulares”. Estavam falando sobre uma garota bonita que conheceram no bar, na noite passada.

Os policiais voltam. No maior papo-furado e cheio de sacolas! Comida, bebida… Eu ainda acho que eles estão indo para alguma festa… Vai ver, nem são policiais e estão indo para uma festa à fantasia. Ei! Mas ainda nem era meio-dia!

Um “Sombra” passa atrás de duas meninas, que nem deram conta de que estavam sendo seguidas.  E melhor: imitadas! Sombra, aquele tipo de artista que pinta a cara de branco e sai repetindo os gestos das pessoas, conhece?

Uma mulher passa e me entrega um papel: “Cristina Paz – jogo búzios, tarô e runas. Resolvo os seus problemas”. Caraca! Será que era a própria? Vou te dizer, a dona tá comandando a região…

Um homem vendendo bichos de pelúcias muito, mas muito grandes, passa. Um urso com o olho meio torto e um cachorro coma língua de fora. Pareciam estar cansados. Já o homem estava animadão andando pra cima e pra baixo, segurando os animais. Isso vende? Por um segundo eu resisto à tentação de fazer essa pergunta.

Índios tocam flautas. Até aí normal. O pulo do gato, ou quer dizer, do pajé, é que eles estavam vestidos com adereços de carnaval da Sapucaí! De esplendor e tudo!!Genial.

Era tanta gente ganhando dinheiro de uma maneira inesperada que eu resolvi escrever. Não que eu fosse escrever cartas em troca de moedas, como a Fernanda Montenegro em A Central do Brasil. Não, não… Era só um recurso para eu não esquecer daquelas pessoas. Então abaixei a cabeça e me concentrei na folha. Nisso, a minha madrinha começou: “Vamos dar um volta?”. “Já vou”. Estava muito entretida para parar. “Vaneeeessa…”. “Já vou!”. Passa dois minutos: “Vaneeeessa, vamos sair daqui, hein? Hein?”. Nisso, eu comecei a sentir um tom meio apreensivo dela, que agora falava muito baixo. Estranho… Resolvi então levantar a cabeça pra ver o que ela queria. Tchanam!!! Ao meu redor muita gente!! A maioria homens!! “Ow! De onde surgiu esse povo?”. E ao olhar em volta, vejo um homem com um quadro no meio da rua. Escrevia números, tinha uma viseira e usava um microfone. Falava algo como raiz quadrada, soma aqui, tira esse resultado… Sério… O cara estava dando aula de matemática!!! Com direto a responder pergunta e tudo! Incrível. Por alguns minutos até me interessei em descobrir o valor de X de uma questão. No entanto, o fato de estar no meio da roda me fez seguir os conselhos da minha madrinha e sair dali.

Foi quando encontro a pessoa que estávamos esperando. “Vanessa, aonde você estava! Já tinha rodado isso tudo atrás de vocês!”. É… Era uma longa história… Resolvi deixar pra contar depois. Melhor…

E os dias se passaram. Até que um dia, minha madrinha acha na bolsa o papel da Dona Cristina e faz a seguinte observação: “Viu onde era a rua onde ela ficava?”. “Não”. “Adivinha! Rua Visconde do Rio Branco”. “Putz! Tá de zoação?”, foi a única coisa que eu consegui responder. Afinal, é o nome da cidade de Minas Gerais onde eu nasci! Meu Deus! Cristina Paz, Visconde do Rio Branco, todos os papéis parando na minha mão… E foi aí que eu percebi tudo… Estava ali na minha cara o tempo todo… Era um sinal! Eu sabia… E se bobear, todas as pessoas da Carioca sabiam! Eu deveria ter ido na Cristina Paz… Ô distração… 

 

Reflexões De Um Espelho março 10, 2008

Filed under: O lado da Vanessa — Vanessa Oliveira @ 9:05 am

Não dá para passar inerte por um espelho. Definitivamente. Pelo menos comigo é assim e acho que com a maioria das pessoas. A vida pode estar corrida, você pode estar atrasado, pode estar até chovendo, mas ao passar por um espelho você pára. Pelo menos por alguns segundos. Nem que seja para tirar o cabelo que está na cara.

Quanto maior, mais difícil fica de ignorá-lo. Paredes tomadas por espelhos, então! Uma loucura. Praticamente impossível não parar um pouco para ajustar a roupa ou dar um sorriso. Lógico, fingindo que aquele sorriso não é para o espelho. Apenas um ensaio de como fazer quando encontrar aquela pessoa. Ou, melhor dizendo, outro espelho.

Porque, sim, pessoas, realmente, são espelhos. Sejam elas amizades, namorados, parentes, ou desconhecidos. Todos são espelhos e refletem umas às outras. Nem sempre por inteiro, nem sempre no primeiro momento. Às vezes mostrando qualidades, às vezes defeitos, mas espelhos. Não iguais! Isso já é outra coisa…

Eu sei, a falta de luz pode não ajudar a visão em algumas situações. Só não se desespere se isso acontecer. Basta ter paciência e tato para encontrar e apertar o interruptor. Um abajur talvez. Caso contrário, a escuridão, com o tempo, se tornará presente o suficiente para que a vista se acostume. Mesmo que você não queira, os detalhes serão identificados. Ao menos que prefira fugir e fechar os olhos. E esta pode ser a pior opção…

E, lógico, acontece da pessoa fingir não perceber o outro. Não é fácil se encarar. Existem espelhos então que podem até aumentar ou diminuir seus traços! Imagina? Melhor passar, dar aquela olhada de lado e seguir o caminho. Sem parar! E isso, antes de tudo, requer muita coragem, convenhamos. Ou medo. Afinal, nunca se sabe o que se pode enxergar em um reflexo. Pra quê causar uma revolução interior por livre e espontânea vontade? Mudança requer iniciativa e força. Não mesmo… Só que tem uma coisa: mesmo passando batido, um pensamento vai ficar. “Eu podia ter parado… O que será que tinha naquele espelho?”. Dúvidas… que podem doer muito mais do que a certeza.

Ah, a certeza… Pode ser fulminante ao ponto de afastar ou a razão de um começo, talvez até de um recomeço. Pode terminar em paixões, ou quem sabe trazer à tona uma decepção inesperada. É definitivo, sabe? Nada daquele chato e sem graça “mais ou menos”. Algo tão certo que provoca rumos, idéias, sentimentos. Tá, que nem sempre agradam, mas que pelo menos são verdadeiros. E é isso que dá base para o resto. É branco ou preto. Por mais que o céu esteja cinza e nublado para os outros. No mínimo, evita que a chuva caia um dia sobre a sua cabeça.

É difícil, eu sei… Mas depois de tantos erros e acertos, eu vejo que é melhor ser assim. De modo que eu só tenho trocado de espelhos. Só isso. Mudando tamanhos e molduras, às vezes sem critério algum! Uns grandes, outros pequenos, daqueles de guardar na bolsa. Espelhos com mosaicos na beirada, outros de madeiras e ainda os de flores. Mas cada um refletindo um pouco de mim. Trazendo lados de uma pessoa que anda a passos largos pelos enganos da vida. Pedaços que, no final, só servem para me tornar cada vez mais real. Tanto para os olhos alheios, quanto para os meus.

 

Para Você, Com Carinho janeiro 1, 2008

Filed under: O lado da Vanessa — Vanessa Oliveira @ 2:21 am

Ainda não cheguei, mas tenho sentido tanto suas esperanças e sua fé em mim que resolvi lhe escrever. Conversei com 2007 e ele também achou que você deveria saber algumas coisas. Um pouco antes da hora, eu sei, mas achei necessário. Espero que entenda.

São tantos pedidos, tantas apostas depositadas em mim que eu me sinto pesado antes mesmo de entrar em ação. E eu não falo apenas de você, não. Imagine o mundo inteiro lhe pedindo coisas e mais coisas! Nas mais diversas línguas e formas! Saúde, paz, amor, dinheiro, sucesso… Estão nas camisas, nas palavras, nos copos e até nas calcinhas! Dá pra pirar qualquer um! É muita pressão. Só não entro em crise porque já estou velho pra isso. Afinal, são 2008 anos, né? Enxutos e bem vividos, diga-se de passagem, mas 2008 anos. Alguma experiência eu já devo ter para lidar com o animal racional mais irracional que Deus inventou: o homem.

Eu gosto e estou empolgado para iniciar o trabalho. Não nego. O homem é uma caixinha de surpresas e é desafiador deixá-lo feliz com o que está ao seu redor. Não digo sempre feliz, pois isso também não teria graça. Até ele acharia entediante. O que eu tento é dar equilíbrio para as pessoas, perdidas entre pensamentos e sentimentos. A famosa paz. E eu nem to dizendo a mundial, não. A paz interior de cada um mesmo. Ela é fundamental para que se consiga discernir o que lhe faz bem dentre as opções que se apresentam. E costumam ser muitas… Aí é onde mora toda complicação.

O que estou querendo lhe dizer é… Não sou eu que vou lhe dar saúde, amor, dinheiro e qualquer outro presente. Eu não vou embalar isso numa caixa, com um laço lindo em cima, e lhe enviar como o Papai Noel faz. O meu papel não é esse. Por mais que as pessoas insistam em vestir roupas coloridas tentando me sinalizar seus desejos para que eu os atenda. Aliás, quem inventou essa tal tabelinha dizendo que vermelho é isso, amarelo é aquilo, e blá blá blá? Caramba! Nós, anos, ficamos malucos com esse festival de cores. Até porque essa tabelinha com significados costuma variar de lugar pra lugar! Uma confusão! Sem esquecer das pessoas que vestem todas as cores! Como se estivessem dando de espertas pra cima da gente, é mole? Aí passa o ano, nada acontece e saímos como o carrasco da história. Não, não… Isso não pode ficar assim. Alguém precisa explicar como nós, os anos, trabalhamos. E esse alguém será eu, já que 2007 está saindo cansado após sua carga-horária. Bom, então vamos lá!

A minha função primordial é lhe ajudar. É como se eu colocasse placas pela estrada. Setas, opções, lugares distintos a cada curva que você escolheu passar. Está sem dinheiro? Está sem namorado ou namorada? Não tem sucesso na vida? Está sem amigos? Precisa de paz? Bom, independente da pergunta a minha resposta será a mesma: você é o responsável por tudo isso. Única e exclusivamente você. Eu sei, estou pegando pesado. É uma bomba pensar que se está triste, a culpa é sua. É ruim, dói, mas eu não vou mentir… Parece até papo de psicólogo, mas é a pura verdade! Agora respira. Calma… O outro lado também é real: se a responsabilidade é sua, você, mais do que ninguém, pode consertar. Está com você o próximo passo da sua vida. Querer já é o começo de tudo. Vai por mim…

Por exemplo, se o que lhe falta são amigos, pare um pouco para pensar como tem agido no decorrer dos anos. A solução do problema vai sair daí. Com toda certeza. Tem estado ao lado deles? E eu nem estou falando de presença física. Pensar já é uma forma de estar junto. Torce por eles e faz o que pode quando precisam de ajuda, independente da distância e do tempo? Às vezes, os rumos das pessoas são diferentes, eu sei. Mas amizade mesmo, amizade da boa, resiste a essas coisas. Fica intacta, apenas esperando um próximo encontro. Não tem mistério… Quando você dá atenção, carinho e respeito, isso volta. Talvez não da forma que esperava, mas volta. Aí cabe aos seus olhos ajustar suas expectativas diante do outro.

Tire da cabeça a idéia de que você só conhece gente que não presta! Está cheio de pessoas maravilhosas por aí. Verdade! Não feche as portas para quem gosta de você só porque alguém lhe sacaneou no passado. Não faça regras a partir de casos. Da mesma maneira, não seja desleal com quem lhe vê como amigo. Saiba se doar. Dê um pouquinho de você para o outro porque é o bem dele que você quer. Amizade nunca se sustenta de um lado só. Aliás, relação nenhuma. Mal construída, uma hora explode.

E amor então? Os anos já lhe ofereceram muitos! Alguns mais baixos, outros mais bonitos, uns mais gordinhos, enfim, de todos os tipos e maneiras, mas todos querendo te encher de beijos! Amores em potencial que, simplesmente, passaram. Só porque você não os percebeu ou não entendeu a importância deles o suficiente para que pudesse lutar para que ficassem em sua vida. Os deixou passar e não notou o amor bem ali do seu lado. Ou pior: nem chegou a conhecê-los! Talvez porque estivesse de mau-humor ou o que é mais comum: focado em outros assuntos, temas e pessoas que nunca tiveram o valor que você atribuía a eles.

O ser-humano tem disso… Às vezes cisma com o que não deve por causa de algum medo ou insegurança. Insiste no que é errado e sabota a sua própria felicidade! Aí sobra pra gente: os anos! Temos que entrar em ação para tentar lhe mostrar a SUA verdade. Não a nossa. Damos sinais, causamos encontros e desencontros até você acordar pra você mesmo. E uma hora acontece! Agora, o interessante é que o ano que consegue isso sai com a fama de vitorioso e os outros com a fama do problema. Calma lá… Os anteriores também tentaram lhe despertar. Faz tudo parte de um processo. O tempo pra isso acontecer depende muito do seu grau de teimosia e orgulho. Ai, esses defeitinhos humanos… Como não dão trabalho…

E o tal do dinheiro? O homem condicionou toda a sua vida em função dele. Passou da questão de lhe oferecer sobrevivência. Se a pessoa não tem dinheiro para comprar o carro do ano, o computador mais equipado ou aquele sapato de couro… pronto! É infeliz! Opa… Vamos parar com isso! Eu sei que é necessário, mas não deixe ele comandar suas decisões. Não se envenene por dólares, euros, reais… Na dúvida sobre o que fazer, ponha na balança: você de um lado e o dinheiro do outro. Quem pesará mais? Afinal, quem é que manda na sua vida? 

E mais! Ele pode ser uma conseqüência se você conhece seus talentos, e sabe aonde pode melhorar. O sucesso financeiro vai vir se você não ficar parado em mim. Eu ando, você também precisa andar, meu caro. Como eu posso lhe ajudar se você não se mover? As oportunidades estão espalhadas por todos os cantos. Não vê? Não existe apenas uma alternativa de vida. Confie.

Enquanto isso, por favor, não abuse de você. Não se acabe em bebidas, cigarros ou outras drogas humanas. Não que elas não causem prazer. Acontece que a sua casca é frágil. Não pegue peso se já estiver fraco, não exija movimentos que seu corpo não é mais capaz de fazer. Conheça seu limite. Como ter saúde se você não colabora? E tá… Tem doenças que chegam sem explicação. E aí? Bom, eu não posso lhe explicar tudo… Não tenho permissão pra isso. Entre o céu e a terra tem milhões de coisas que o homem nem sonha que existem! E não sou eu que vou contar. Mas posso lhe dizer em letras garrafais: VIVA SUAS VONTADES! Seja real consigo mesmo antes de tudo. E se errar? Aprenda. Pelo menos, você seguiu os seus desejos naquele momento. Mesmo que eles tenham mudado com o tempo. E isso acontece mais do que você imagina! Eu mudo, eu passo, outro ano chegará depois de mim. Você também muda. E se quiser, para melhor. Sendo fiel aos seus valores e aos seus sonhos, meu amigo, pode vir a doença que vier… Nada vai estar pela metade dentro de você. Nenhuma dívida pendente com o seu coração.

Entende o que eu falo? Por favor, pare de ficar preocupado comigo, com 2009 e com os outros anos que virão pela frente. Se preocupe com você, antes de tudo! Olhe pra você, pro seu dia-a-dia, para o que gosta, para quem gosta. Não diga que 2007 foi ruim ou que deixou a desejar. Apure o seu olhar para o ano que passou e acredite: o que é seu está guardado. Só falta buscar. E, às vezes, isso demora mesmo. É todo um processo de aprendizado que você só conseguirá compreender por completo depois de finalizado. Por isso, enquanto não consegue enxergar o plano da vida, acerte o seu passo com o meu. Que tal?

Vamos combinar uma coisa? Eu prometo chegar devagar para não lhe confundir. Serei o mais transparente possível para que compreenda meus pontos e vírgulas. Terei calma para lhe enviar todos os sinais necessários para que perceba a melhor direção. Estarei no sopro do vento, na brisa do mar, na chuva que cair, no sol que lhe der bom dia. Cantarei músicas e lerei poemas para os seus sentidos através da minha natureza e do meu tempo. Estarei lhe acompanhando como um amigo, cheios de meses, dias e horas para lhe dar colo, se for o que quiser. E força para seguir em frente. Já você… Tem que me prometer deixar a pele sensível, ouvidos atentos, olfato aguçado, paladar apurado, olhos focados e a mente quieta. Você tem que me prometer que, pelo menos vai tentar, deixar seu coração aberto…

Um beijo carinhoso e a gente se vê daqui a pouco.
Pode acreditar: eu, realmente, estou doido para te abraçar.

2008

 

Nada de inexorável! novembro 19, 2007

Filed under: Escolhas da Vanessa — Vanessa Oliveira @ 8:22 am

Hoje é 19 de novembro e falta um boooooom chão para o meu aniversário! Ou seja, ao contrário da Fê, eu não estou ficando velha. Muito pelo contrário, eu estou, vamos dizer, na floooor da idade!

Dizem por aí que as pessoas quando são novas adoram divulgar a idade que tem. Exibir aos quatro ventos que ainda são novinhas enquanto o resto do mundo sofre de problemas na coluna, falta de memória e queda de cabelo. Não, não… Eu não faço isso de graça. Eu acho até interessante as pessoas me darem altas idades quando, na verdade, eu estou ainda começando a vida. Então, fique na curiosidade.

Sendo assim, fiz uma listinha também que mostra perfeitamente como a minha alma é extremamente jovial. Renew? Nem pensar! Eu ainda vivo de luz. Sem proteção nenhuma. Quando eu chegar na idade da Fê, eu penso nisso… hahaha

Ser completamente apaixonada por pipoca!
Eu não consigo resistir. É mais forte do que eu! E vale pipoca de tudo quanto é jeito: salgada, doce, misturada, pura, de panela, de microondas, com manteiga, leite condensado (em cima da salgada! A oitava maravilha do mundo!), orégano, sazon, queijo, e sei lá mais com quê! Enfim, sou viciada. Sei dizer qual pipoqueiro que capricha, qual engana e qual devia começar a trabalhar só com pelinha, deixando de lado o milho. Nunca fiz um regime, mas com certeza, se começasse um, pipoca é que não iria entrar na lista dos vetados. Sinto muito.
Ps: Quem souber uma receita maravilhosa, favor passar pra frente. Meu e-mail está neste Blog. Por favor, não esconda informação.

Ler revista em quadrinho até hoje!
E eu não estou falando de revista feita para adultos! Leio Mônica, Chico Bento, Cebolinha…rs Cascão e Magali eu leio menos. Eles são mais chatos! Agora, os outros??? Direto! É fácil me encontrar de bobeira com uma edição na mão. Após ler, às vezes, eu até passo a revistinha pra frente. Dou para algum pai de família ou irmão de criança, avó, enfim… Não sou egoísta, não, tá? Só tem dois problemas: o primeiro, é que volta e meia eu encontro alguma historinha que eu já conheço. E o segundo, é que rapidinho eu leio as revistas… Ou seja, o passatempo dura pouco. É… Isso aí de ler rápido é grave! Já mostra que a idade está chegando…

Sempre é dia de aprontar!
Dar susto nas pessoas, fazer surpresas, pegadinhas, pregar peças… Essas coisas. Não é à toa que meu vô fala que eu só tenho tamanho e sacanagem. É, eu adoro um mal feito, admito. Sou daquelas que apronta e ainda morre de rir. Mas não faço maldade, não. E nada muito grande (só de vez em quando… rs). As palhaçadas costumam ser no dia-a-dia mesmo. Minha molecagem é saudável… rsrs

Assistir desenho infantil
OK, ok, ok, aquela vez em que eu disse que precisava levar a minha priminha ao cinema pra ver um desenho… era mentira! EU queria ver o filme e chamei ela. Pronto. Falei!;o) E já fiz isso outras trocentas vezes, sem contar aqueles que assisto em casa mesmo. O único ruim é quando determinado desenho só tem versão dublada. Aí é dose porque criança no cinema aplaude, grita, fala alto, essas coisas. Pelo menos dessa fase eu passei, né? Se bem que pensando aqui, eu nunca fiz isso em cinema, não. Pô, “mó mico” fazer isso, fala a verdade!

Gostar de jogar vídeo-game
Mas tem que ser aqueles de passar fases, conquistar coisas no decorrer do trajeto e tal. Quer desafio maior do que fechar um troço desse?? Nada daquelas lutinhas em que você tem que combinar o botão A com o botão B com três toques para baixo pro cara dar um salto ninja na cabeça do adversário, logo após de ter dado um parafuso. Não, não! Meu espírito jovial é feminino! Ora ora…

Brincar com criança
Se você me encontrar no chão de duas uma: ou estarei dançando ou brincando com o filho de alguém. Pode ser com bonecos, com carrinho, com legos… Sem preconceito! Dependendo do que for é capaz de eu me divertir mais do que o ser pequeno. O danado vai ser descobrir quem é a criança nesse caso… 

Bom, agora chega de lista. Daqui a pouco você vai começar a achar que eu tenho problemas sérios na cabeça… De preferência um atraso mental! rs
 

 

O torcedor – por trás da carta novembro 5, 2007

Filed under: O lado da Vanessa — Vanessa Oliveira @ 12:21 am

Torcedor é um bicho engraçado, sabia? Com certeza, um prato cheio para um antropólogo, um psicólogo ou qualquer outro “ólogo” dessa vida. Não acredita? Então vá assistir um jogo e preste atenção na arquibancada e não no campo. Lógico, vá a uma partida que não te interesse, porque senão de observador você vai virar objeto de estudo. Há sempre um “ólogo” por aí. Acredite.

Para os jogadores, não há muita diferença entre um torcedor e outro. Tudo parece ser a mesma coisa: um grupo enorme de pessoas torcendo por eles. E só. Só? Estar a favor do time também significa esperar atitude, garra e determinação. Expectativa de quem os observa. E isso já é uma grande pressão. Convenhamos. Então fica aquela coisa… O time até gosta da torcida, é ela quem lhe dá apoio contra o adversário. No entanto, ao mesmo tempo não deixa de temê-la. Ninguém quer amarelar na vida. Ainda mais quando os holofotes estão apontados para apenas um lugar: o campo.

Tem torcedor que chega a insultar o próprio time. Fala mal de todos, critica a diretoria do clube, chama o técnico de burro e não o juiz. É cruel em seus julgamentos. E os jogadores ficam ali, sem entender. Afinal, isso é gostar? Isso é querer que o time vá para frente? Estranho jeito de amar, muitos pensam… O que não notam é que comportamento pode ser “pura jogada”. Se o torcedor provoca é porque ele quer uma reação! Ele quer que o jogador se sinta motivado a provar o contrário. E não o deixar mal. Quer dizer, só um pouquinho… Dor é necessário para crescer, né? Esse torcedor é do tipo que não gosta de passar a mão na cabeça porque acredita que assim deixará o time mal-acostumado. Psicologia inversa, sabe? Às vezes até funciona. Ele bem que tenta.                             

Tem torcedor que nem vai ao estádio. Prefere se ausentar. Acredita que faz tudo errado e que não dá sorte pro time. Ou então pensa as coisas mais absurdas como “Vamos ver como eles jogam sem mim”. Como se a presença dele no estádio fosse essencial para o gol. A questão é: falta ele perceber que tudo depende mais da vontade de ganhar do TIME, do que da dele. Nada vai adiantar se os jogadores não buscarem, realmente, o resultado.  

Tem torcedor que se agarra às simpatias. Faz promessa pra tudo quanto é santo e possui mil manias no decorrer do jogo. Não muda de posição quando o time está bem, veste a mesma roupa da última vitória para assistir à partida e não vai com o vizinho ao estádio porque ele é pé frio. Mantém a tradição e o ritual enquanto às vitórias vão acontecendo. É extremamente fiel e dedicado. Seu time, para ele, é quase uma religião. Agora, o interessante é quando ele se distrai e perde um lance importante. Pronto! Gol do adversário! É capaz de ficar se culpando… Se ele estivesse acompanhando seu time e rezando, vibrando pela equipe isso não teria acontecido. Pois é… Quebrou a corrente. 

Tem torcedor que fica calado. Sofrendo quieto, com os olhos grudados no campo. Acompanha cada lance. Levanta nos momentos importantes, senta de novo. Fica tenso. Mas não diz nada. Não acredita que seus gritos possam ajudar com alguma coisa. Na verdade, não acredita que ele possa mudar alguma coisa. Então ele fica ali. Quieto. Apenas observando e torcendo pela vitória. Ninguém sabe de sua existência. E a partida segue…

Já o tipo mais comum é aquele torcedor que grita, xinga, perde as estribeiras e a razão. Por pouco não bate na pessoa que está do lado. Fala cada bobagem… Torce pelo gol, pelo passe certo, mas faz isso de uma maneira tão agressiva que é capaz de assustar os jogadores e a bola. E ai de quem falar mal do atacante, do técnico ou até mesmo do gandula! Leva bronca pesada! Vira bicho por causa da sua equipe. Se colocasse um espelho na frente talvez nem se reconhecesse! Nesses casos, talvez seja melhor mesmo um aparelho de pressão para não deixar o coração apagar numa dessa. Nunca se sabe…

E por fim, tem aquele torcedor que é um pouco de tudo. Tem seus momentos, tem suas táticas. Simplesmente age de acordo com a situação. Pode falar mal, pode falar bem, pode virar as costas, pode apoiar, pode, inclusive, se ausentar por muito tempo. Vai de acordo com a maré e com seu humor. Quer dizer, na verdade, vai de acordo com a postura do outro. E o outro, nesse caso, nessa relação, é o seu time.

Paixão. Essa é a palavra que faz com que o torcedor saia do seu normal, que faz com que ele fale coisas ruins, perca o prumo e às vezes até a razão. Paixão. Essa é a palavra escondida atrás de cada grito, de cada “uuh!” quando a bola passa raspando pela trave, e de cada choro de desespero diante de uma derrota. Mesmo que esta não signifique o fim do campeonato. Paixão, somente ela explica, mesmo que não justifique certas atitudes do ser-humano. Que incrivelmente consegue até brigar com o outro, mesmo que esse outro esteja do seu lado. Paixão, que cega os envolvidos de um relacionamento, mesmo que este se estabeleça em um estádio. Time e torcedor – personagens principais do futebol e que, às vezes, não conseguem enxergar que ambos querem, na verdade, a mesma coisa: o gol.

 

Frases Que Uma Mulher Merece Ouvir outubro 2, 2007

Filed under: O lado da Vanessa — Vanessa Oliveira @ 5:51 am

Homem erra, mas também acerta de vez em quando. Uns mais que os outros, é verdade. Tudo depende do grau de esperteza de cada um. Sendo assim, abaixo vai uma lista de frases que já escutei por aí e o registro de alguns momentos. Não que eu não tenha escutado idiotioces como a Fê (ô!), mas há sempre de se ver o outro lado da história. Até mesmo para não cair em depressão profunda e se jogar de uma ponte. ;o)

Por isso, ao invés das maiores rabujices, eu venho com os comentários mais simples que um homem pode fazer para uma mulher. E que costumam ser os melhores…

A Fê elegeu 13 e acabou tirando um. Vou fazer o contrário pra ver se dá sorte: escrevo 12. Vai que eu acrescento um nessa brincadeira??rs Nunca se sabe, às vezes, as pessoas surpreendem.

E, por fim, vale deixar bem claro: bobo é o homem que esconde palavrinhas como essas por medo de deixar uma mulher envaidecida. Um gesto de carinho, admiração ou atração, no fim das contas, só faz com que ela se sinta querida, mais feliz. Até as mais duronas, no fundo, se derretem com essas coisas. Podem não admitir e negar até a morte, mas pergunta se elas se esquecem?

1- Você precisa de uma massagem.

Dia péssimo. Tudo havia dado errado e a única coisa que eu queria era ir pra casa. Mas ok, não quis ser furona e fui encontrar o moço dos olhos claros. Pensei: “Ele vai ver que eu não tô bem e vai deixar pra sair outro dia. Não vai achar que é desculpa”. E assim, cheguei sem paciência, com cara fechada e de poucas palavras. Não queria passar meu mau-humor pra ninguém, nem dar patadas de graça. Só que ele insistiu e eu acabei sendo grossa. “Desculpa, eu não tô legal e…”, já me preparando para um briga fui cortada por esta frase: “Você precisa de uma massagem”. Não só pela frase, mas por duas mãos sobre os meus ombros. Tive que rir, ele me quebrou com essa. No fim, percebi que eu só precisava de colo. Ah sim, e a noite foi ótima.

2- Quer que eu vá até a cachoeira com você?

Não que eu vá deixar de ir se não tiver companhia. Mas tudo torna-se muito mais gostoso quando o homem quer te proteger. Ou pelo menos lhe mostrar que esta apto para tal coisa. Quando ouvi isso a única reação que tive foi sorrir e me deixar ser guiada. “Vai por ali, pisa nessa pedra aqui…”.

3- O meu ano foi bom por sua causa.

A frase é boa, vai! Tudo bem que o cara não deve nem se lembrar, hoje, que me disse isso. E se lembrar, com certeza, vai negar. Ou então pior: vai dizer que estava bêbado. Eu mesma não entendo porque ele tem esse tipo de comportamento. O que me vale é guardar palavras como essas com carinho. Mesmo que loucas, mesmo que poucas.   

4- Liguei porque estava com saudades.Só isso.

O telefone toca, número estranho no visor. Atendo e não era quem eu queria que fosse. E nem quem eu pudesse imaginar. Ligou sem desculpas esfarrapadas ou muito menos querendo se fazer de gostoso. Saudades apenas, foi a justificativa. Não entendi muito, não…  Mas vamos combinar que é sempre bom ouvir que alguém tem saudades de você. Ainda mais alguém que você já gostou muito. Independente do verbo “gostar” estar no passado.

5- Eu pago.

Calma, calma! Antes que levante a bandeira feminista deixa eu explicar…rs Eu sempre vou estar ali para dividr uma conta e, muitas vezes, brigo querendo pagar a minha parte. No entanto, o cara que solta essa frase sai uns 10 pontos na frente.Homens confusos do século XXI, confundam tudo, só não se esqueçam de ter postura! Mostra gentileza, cavalheirismo, essas coisinhas boas do lado masculino… Que não deixam de ser valorizadas só porque uma mulher éindependente!  Tá, pode me chamar de romântica se quiser.

6- Você tá linda!

E preste atenção: essa frase tem toda uma entonação própria para se fazer verdadeira. E ganha valor em dobro quando a mulher não se arruma para tanto. Vale reparar, vale ter sensibilidade para essas coisas… 

7- Feliz Aniversário! Um presente de todos os homens da sala.

Faculdade de jornalismo da UFJF. Aula em um auditório. Fiquei compenetrada no professor até o momento em que entrou um cara com um bouquê de rosas vermelhas liiiindo!!! “Vanessa Oliveira”. Tudo bem que o aniversário era meu, mas eu nem tinha namorado para isso na época. Disse que não era comigo. Eu hein… No entanto, O cara garantiu que ele não tinha errado o nome. Ok, abri o cartão e li a frase acima. Caramba! Eu nem sabia qual abraçar primeiro! Muito fofo!! Adoro flores!! Ainda mais com uma dessa!! Nem preciso dizer que depois não prestei mais atenção na aula. E saí dali toda bobona com o bouquê nos braços, exibindo até para os desconhecidos.

8- Você é uma das mulheres mais interessantes que já conheci.

Ok, o cara até pode conhecer poucas mulheres, estudar em um colégio de padres ou ser de outro planeta. Mas que essa frase causa impacto, aaaaah causa! Melhor ainda é quando o cara, além de falar isso pra você, confirma a informação para os outros.

9- Quero você agora!

Não tem como passar despercebida por essa frase. Ainda mais se ela for aprendida para ser dita pra vc. Isso que dá quando se descobre que ela em português tem mais “pegada” do que em inglês. ;o)

10- Ô mulher perfumada!

Frase seguida de uma cafungada no pescoço! Muito bom! Não há uma vez que tenha ouvido e tenha ficado inerte. hahahaha Interessante é quando o tempo passa e não se esquecem do seu perfume.

Ainda sobre o tema… Morri de rir quando um cara, em um carnaval desse da vida, resolveu parar do meu lado com a seguinte pergunta: “Putz, como você ainda está cheirosa desse jeito, no meio de tanta gente suada!E que perfume bom!!”. Fiz uma graça só pra não estragar a ilusão do carinha. Ele não precisava saber que eu tinha acabado de chegar no meio daquele fuzuê…:o) 

11- Queria estar do seu lado, hoje.

Distância é uma merda. Só que ouvir isso no aniversário faz tão bem que tanto a saudade como as léguas se justificam.

12- I can’t take my eyes of you…

Cantada ao violão com endereço certo no olhar. Dá pra ignorar??

 

O Lado Da Fernanda, Visto Pela Vanessa setembro 20, 2007

Filed under: O lado da Vanessa — Vanessa Oliveira @ 10:29 am

Lá vem a pata…

E lá veio a menina, pequena, rebolando, andando de um jeito tão gracioso e desajeitado que só uma criança poderia ter. E o apelido pegou.

Pata aqui, pata acolá.  

E assim cresceu. Tentando se achar entre tantos “eus” diferente dos “eus” dos outros. Andando entre situações e pessoas, sempre a procura de um cantinho sossegado.  Aquele lugar onde ela poderia ficar tranqüila, curtindo o sol de olhos fechados. Longe de qualquer mal ou perigo. 

 Lá vem a pata…

E lá veio ela, do cerrado de Brasília para as montanhas de Minas Gerais. Mais precisamente: Juiz de Fora. Sabe como é, né? Ave migratória, às vezes, tem dessas coisas… Voa sem mudar a estação. Apenas segue seu bando.

Para ver o que que há…

E viu que os mineiros sabem beber cachaça.

Que amigo nem sempre se faz na primeira golada.

E que patos convivem numa boa com gatos.

Que dançar no carro pode ser mais empolgante do que na boate.

Mas que nem sempre as pessoas na rua entendem.

Que todo veículo que se preza há de se ter um nome.

E que chamar o seu de “Capeto” torna o passeio beeeem mais divertido.

Que cinema e rádio formam uma dupla interessante.

E que mais interessante só o Russel Crowe ao som do U2.

Que a França tem François Truffaut.

E que a Alemanha tem Leni Riefenstahl.

Que a faculdade não quer dizer somente aula.

Chopada, calourada ou sexta-cultural.

E que jornalismo é bom, interessante, enriquecedor, mas passa.

Lá vem a pata…

Querendo de novo voar. Dessa vez para terras desconhecidas, sem proteção do Ibama, e sozinha: Campinas.

Pata aqui pata acolá

E ela então tenta encaixar seu discurso no vocabulário dos outros. Seu desafio: lingüística. Emite sons na esperança de que alguém consiga compreender palavras. Sai de seu lago para ser entendida por cavalos, cachorros e até besouros! Só que ela se esquece de que cavalos relincham, cachorros latem e que besouros… Fazem o quê mesmo? Impressionante como um inseto consegue ser confuso às vezes… Talvez fosse melhor entender os patos antes… E não ficar esperando que eles virem cisnes, por exemplo! Malditos contos de fadas… Até ela, por conta disso, às vezes se esquece que ser pata, por si só, já tem toda uma graça.

 Lá vem a pata…

Para Juiz de Fora, se preparando para mais um vôo. No bico: margaridas que colheu pelo caminho.

Para ver o que que há…

Na vida.

No mundo.

E a música segue: lá vem a pata…

 

Começo setembro 12, 2007

Filed under: O lado da Vanessa — Vanessa Oliveira @ 8:29 am

Na maioria dos casos, somos sempre apresentados a alguém. A um amigo, a um parente distante, a um amor em potencial, enfim… a um outro lado. De experiências, de fatos, de lugares, de problemas, de vida. Em alguns momentos, a gente até se antecipa, veste a cara-de-pau e se apresenta o mais rápido possível. Sem intermediários. Para não perder tempo. Independente da compreensão dessa pressa. Sintonia talvez… Ou apenas santos que se dão bem.

Dessa forma, aqui não poderia ser diferente. Por isso, puxe a cadeira e sente… que lá vem história. Da Fernanda e da Vanessa. Da menina de Brasília. E da menina de Minas.  Mas nada de auto-análise e divã. Pelo menos, por enquanto não. Isso a gente deixa para quando já tivermos intimidade. ;o)

Uma fala da outra. Melhor. Só vê lá o que você vai contar, hein, Fê?

Hora de mudar o rumo da prosa.